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Visita à China busca novas tecnologias e investidores para o Carvão Mineral

Conhecer novas tecnologias para o uso limpo e buscar investidores para o Carvão Mineral Nacional, esses foram os objetivos da comitiva brasileira que viajou à China, na última semana. O presidente da Associação Brasileira de Carvão Mineral (ABCM), Fernando Luiz Zancan, acompanhado pelo diretor de Novos Negócios da Copelmi Mineração, Roberto Faria, e do consultor, Levi Souto Júnior, estiveram presentes em uma série de eventos e conheceram um centro de pesquisa aplicadas em baixo carbono.

A agenda iniciou com a uma reunião com um investidor interessado em projetos de carvão no Brasil, além de uma visita no National Institute of Low-carbon and Clean Energy (NICE), que trabalha com a redução de emissões de carvão e tecnologias de carboquímica. A comitiva brasileira também participou no seminário promovido pela Associação Chinesa do Carvão e pelo Conselho Consultivo da Indústria do Carvão da Agência Internacional de Energia e pela Associação Mundial do Carvão.

“No seminário foi apresentada a estratégia da China para as questões climáticas e redução da poluição atmosférica. A china conta com 60% de sua energia primária proveniente do carvão, sendo 64,5% da geração de energia elétrica a carvão com 1.106 GW instalados, praticamente mil vezes a capacidade instalada no Brasil com carvão nacional”, conta o presidente da ABCM, Fernando Zancan.

A China minera cerca de 5,3 bilhões de toneladas (400 vezes o Brasil), sendo 90% em subsolo com minas de até mil metros de profundidade. “O que fica claro é que a China dependerá do carvão por muitas décadas e passará por um processo de diversificação da matriz elétrica, realiza investimentos vultuosos para reduzir a poluição controlada e redução de gases efeito estufa. Hoje a poluição existente já não é mais gerada por plantas de carvão, visto que existem na China plantas com emissões menores que as de gás natural”, afirma Zancan.

Termelétrica similar ao Carvão Nacional

Em virtude das pesquisas com a Captura de CO2, realizadas no Centro Tecnológico da Satc, uma reunião foi organizada com o Conselho Consultivo da Indústria do Carvão, da Agência Internacional de Energia e foi visitada a “Sanhe Coal Power Plant” – planta termelétrica com alta eficiência e baixas emissões de carbono.

“Essa planta de 1300 MW é similar a capacidade que temos aqui com o carvão nacional, foi adaptada com as melhores tecnologias ambientais de redução de emissões. As emissões são menores que uma planta a gás natural e tem o acompanhamento das emissões online, ou seja, a população (de quase um milhão de habitantes) da cidade onde fica a usina pode monitorar pela internet o quanto de CO2 está sendo emitido”, explica o presidente da ABCM.

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