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Samara pede ajuda para custear próteses após amputar dedos das mãos e pés

Sempre em conflito com a balança e tentando vários tipos de dietas, a dona de casa, Samara Tavares Micheli Dutra, 30 anos, optou pela cirurgia bariátrica quando pesava 122 quilos. Ela aproveitou um mutirão que aconteceu na cidade de Maracajá e realizou o procedimento em um hospital de Curitiba.

Mas após a cirurgia, Samara passou por complicações que se fez necessário amputar os dedos das mãos, o pé direito e todos dos dedos do pé esquerdo. O marido que é caminhoneiro parou de trabalhar para cuidar da esposa, da filha de sete anos de idade e dos afazeres domésticos.

Hoje a família moradora do bairro Quarta Linha em Criciúma, vive de doações e criou uma vakinha online https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajude-a-samara-samara-tavares-nichele-dutra para também ajudar nas despesas, principalmente da prótese que Samara precisou colocar e na compra de luvas estéticas no valor de R$4.500,00 cada.

“Nossa maior dificuldade é lidar com as despesas do aluguel de nossa casa e outros gastos diários. Ganhamos cestas básicas de amigos e desta forma vamos nos virando. Não faço nada sozinha dependo de meu marido pra tudo. Não estamos recebendo nada do governo, já entrei com auxílio pelo INSS, mas até agora nada”, comenta.

Dores fortes e 19 dias na UTI

A história de Samara teve início em agosto do ano passado, ela conta que depois da cirurgia passou a sentir dores na barriga e na bexiga. “ Voltei em Curitiba, os médicos fizeram exames na tentativa de identificar, o que estava ocasionando a dor, mas não apareceu nada. Ele me liberou. Voltei para casa com dor. Fui até Curitiba quatro vezes, por conta disto, tomava soro e voltava para casa com a mesma dor”, conta ela.

A situação se agravou e alguns meses após a bariátrica, Samara percebeu uma espécie de hérnia no local da cirurgia sendo internada no Hospital Regional de Araranguá. “Cheguei lá com a pressão baixa, os médicos chegaram a falar para meu marido que eu não teria chances de sobreviver. Meu estado de saúde era muito grave”, recorda Samara, que ficou internada por 19 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sendo que após exames foi identificada uma infecção generalizada.

Membros necrosaram

Segundo ela, devido ao uso de medicamentos para controlar a pressão seus membros necrosaram, por conta disto, teve que amputar os dedos das mãos, o pé direito e todos dos dedos do pé esquerdo. “Há três semanas as dores voltaram e novamente criou uma bola no local da cirurgia que estourou e passou a expelir pus. Fui para Curitiba e o médico resolveu fazer uma endoscopia, onde descobriu que o meu organismo estava rejeitando as linhas da sutura. Quem sabe se ele tivesse feito a endoscopia nas outras oportunidades que eu estive lá, nada disso estaria acontecendo”, lamenta.

Hoje Samara precisa de fisioterapia, faz uso de medicações e ainda fará cirurgia em um dos pés para a retirada do tendão. “Acredito que tudo isto poderia ter sido evitado, mas infelizmente não foi o que aconteceu. Mas eu vou ficar bem, se Deus quiser”, fala em tom de otimismo.

 

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