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Projeto contempla produção de sandálias pelos próprios reeducandos

No dia em que a Igreja celebra Nossa Senhora de Guadalupe (12), padroeira de toda a América, reclusos e reclusas das penitenciárias Sul e Feminina de Criciúma, acolheram a visita dos agentes da Pastoral Carcerária da Diocese de Criciúma. Na ocasião, foram celebradas missas nas duas unidades, presididas pelo Bispo Diocesano, Dom Jacinto Inacio Flach, e concelebradas pelo padre Orlando Cechinel, com a presença da diretora, Maira Montegutti e demais funcionários.

Dom Jacinto teve a oportunidade de conhecer, na companhia de padre Orlando e dos agentes, o trabalho iniciado há cerca de 15 dias dentro da unidade, contemplado pelo projeto social “Novos Caminhos”, que recebeu auxílio de R$20 mil para sua execução, por meio do Fundo Nacional de Solidariedade, resultado da Coleta Nacional da Solidariedade – gesto concreto da Campanha da Fraternidade e administrado pelo Departamento Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Junto a outras iniciativas no Brasil, o projeto foi escolhido pelo eixo “superação de vulnerabilidade econômica e geração de renda” e possibilita a produção de sandálias tipo havaianas, com a aquisição do maquinário específico, já em funcionamento. Conforme a diretora Maira Montegutti, o objetivo primeiro é contemplar os reclusos das duas unidades penitenciárias de Criciúma, depois o Presídio Santa Augusta e, ainda, buscar firmar convênio com o Estado para que as sandálias possam ser vendidas para todas as unidades prisionais de Santa Catarina, através do Fundo Rotativo, que corresponde a 25% do salário dos reclusos, revertido em benefício deles próprios e da unidade.

“É uma novidade de aprendizado que abre oportunidades quando saímos daqui, pois é algo que todo mundo usa. Podemos ter um trabalho e renda próprios, com baixo custo. É um aprendizado importante para a gente”, disse o reeducando J.R., que trabalha na produção das sandálias.

Para o bispo, a iniciativa está dentro do espírito da ressocialização e da humanização. “É uma valorização da pessoa do preso, que poderá sair daqui e ter um trabalho. Valorizando e dando emprego, eles têm mais chances de não cair no erro de novo”, disse ele.

 

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