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Júlio Garcia faz um balanço dos últimos seis meses frente ao Legislativo Estadual

Em seu sexto mandato como deputado, o presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Júlio Garcia, faz um balanço dos primeiros seis meses de 2019 frente ao legislativo estadual. Em entrevista ao Portal Litoral Sul, ele comenta sobre a “onda 17”, a importância da parceria público/privada para fomentar a saúde e educação nas cidades catarinenses e sua posição na política de Criciúma no ano que vem.

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“Onda 17” e avaliação dos governos do Estado e Federal

Garcia destaca que a “onda 17” que tomou conta do Brasil nas últimas eleições de 2018 já passou. Ele comenta que agora somente os simpatizantes de Bolsonaro, o que é um terço do eleitorado, seguem fieis a “onda”. Além disso, ele afirma que ainda é cedo para avaliar os atuais governos estadual e federal. “A onda 17 passou. Foi uma onda eleitoral. Permanecem agora os eleitores do Bolsonaro. É cedo avaliar os governos Bolsonaro e Moisés. Precisa completar um ano de mandato. Aí acaba todo o passivo do governo passado”. Sobre o governo e o legislativo ele comenta que a Casa auxiliou Moisés com questões polêmicas. “Procuramos atender a sociedade sobre os pleitos”, destaca.

Polêmicas foram a tônica do primeiro semestre de 2019

Pautas importantes, polêmicas e difíceis. É desta forma que Garcia avalia os projetos de lei que entraram em votação nos últimos seis meses do novo legislativo estadual. Assuntos como os recursos para os hospitais filantrópicos, incentivos fiscais e reforma administrativa foram a tônica do primeiro semestre. “Sobre a reforma administrativa a assembleia de certa forma acabou contribuindo para o governo. Tivemos pautas polêmicas e difíceis nesse primeiro semestre. Precisou de muita negociação entre os parlamentares”, afirma o presidente da Alesc. Cerca de 50% do parlamento catarinense foi renovado no último pleito.

Sul do estado e a representatividade no comando do legislativo e executivo estadual

A região sul catarinense conta com duas forças. No parlamento a presença de Garcia. E no executivo o governador Moisés que mora em Tubarão. Diante disso, o presidente foi questionado sobre a possibilidade do Sul do Estado ter um maior retorno em investimentos. Ele pondera e afirma que o governo precisa atender todo o estado. Ele ressalta a importância da parceria público/privada para buscar soluções para a região. “A região precisa buscar por sua vocação. Antes não tinha infraestrutura. Hoje tem aeroporto, BR duplicada, porto. É necessário que os governos se organizem e busquem parcerias com o setor privado para atrair investidores para a região. E quem sabe, na medida do possível, abaixar impostos”, avalia Garcia.

Elefantes brancos

O deputado também comenta sobre a intenção do prefeito Clésio Salvaro de trazer para Criciúma uma unidade da Udesc. Ele comenta que em primeiro lugar a universidade estadual deveria oferecer apenas cursos que a Unesc não tenha e afirma que é mais barato comprar vagas em faculdades que já existem do que construir uma nova. “Melhor do que construir elefantes brancos que custam caro. Temos que aproveitar as universidades já existentes. Assim como a construção de novos hospitais. É melhor comprar serviços de hospitais que já existem. Hospital Regional é uma utopia. Isso não é mais possível. O governo não pode mais aumentar seus custos. Em tudo o que Estado for fazer daqui para frente ele tem que reduzir o tamanho do estado. Tudo que pode ser feito em parceria com a iniciativa privada é melhor”, revela Garcia. Ele é incentivador que as PPPs cheguem a Educação e Saúde ofertando melhor atendimento aos catarinenses também em serviços e não apenas na infraestrutura, onde as Parcerias Público Privada se destacam.

Investigação da Polícia Federal

“Os meus advogados estão trabalhando nisso. Tem que aguardar”, desabafa Garcia sobre investigação da Polícia Federal que envolveu seu nome em uma operação que apura o desvio de recursos públicos para benefícios privados. “A rigor não sei dos detalhes que estou sendo acusado é uma investigação que está em curso. Não fui indiciado e nem denunciado. Não acredito em caças bruxas, é uma investigação normal, onde um amigo, da minha relação, está sendo investigado. Nunca passei por isso e quero que seja esclarecido”, destaca.

Eleições municipais de 2020

O maior desafio do próximo pleito municipal será a questão da eleição para vereadores. A mudança na regra é que a partir de 2020 não existirá mais coligação nas proporcionais. Garcia avalia que haverá uma grande migração para siglas que tenham chances de fazer chapas para a disputa. Ele comenta que não haverá interferências nas decisões dos diretórios municipais do PSD. “São células independentes. Cada município tem a sua realidade. Nosso papel vai ser de apoio. Cada diretório terá autonomia para decidir o que for melhor para a sua cidade, inclusive em Criciúma”, conclui o deputado.

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