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João de Deus diz ‘não se lembrar’ de mulheres que o acusam

O médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, 76, prestou seu primeiro depoimento ao Ministério Público na manhã desta quarta-feira (26), em Goiás e alegou “não se lembrar” das mulheres que o acusam de abuso sexual. Ele também negou que tenha praticado qualquer tipo de crime durante seus atendimentos espirituais, de acordo com informações de Alex Neder, um dos advogados que fazem a defesa do médium. “Ele respondeu a todas perguntas dos promotores. Negou peremptoriamente que tenha cometido qualquer tipo de abuso sexual. Ele sempre fez atendimentos acompanhado de várias pessoas “, disse Neder.

João de Deus está preso preventivamente (sem data para soltura) desde 18 de dezembro, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia sob suspeita de cometer crimes sexuais contra pessoas que procuravam tratamento espiritual. O médium chegou ao Ministério Público por volta das 10h sob forte escolta policial. Os promotores receberam centenas de denúncias por email de pessoas que se dizem vítimas de crimes cometidos por João de Deus. Desses casos, 77 foram ouvidos pela força-tarefa que integra também agentes da Polícia Civil.

O advogado afirma que João de Deus “está muito debilitado” por causa de sua condição de saúde (ele é cardiopata) e que não recebe atendimento médico no presídio. Ainda nesta quarta-feira, policiais do Deic (Delegacia Estadual de Investigações Criminais) devem ouvir a mulher de João de Deus, Ana Keyla Teixeira, em Goiás.

O médium nega as acusações de abuso sexual e, em depoimento à polícia ao ser preso, disse que atendimentos individuais numa sala reservada só ocorriam a pedido das próprias mulheres, e não a seu critério. Em duas operações da polícia com o Ministério Público, na semana passada, a força-tarefa apreendeu R$ 1,6 milhão em espécie, armas, medicamentos em endereços ligados a João de Deus. Em razão das armas sem registro, foi expedido um segundo mandado de prisão. O advogado de João de Deus, Alberto Toron, nega que o dinheiro apreendido seja ilícito. Segundo ele, a quantia era guardada em cofres por medo de assaltos.

Sobre essa investigação, testemunhas estão sendo ouvidas e o médium não deve prestar depoimento esta semana, segundo informou a Polícia Civil. A polícia concluiu a primeira investigação e indiciou o médium sob suspeita de violação sexual mediante fraude em 20 de dezembro. Isso significa que ela considera que os indícios são suficientes para que o suspeito seja denunciado criminalmente pelo Ministério Público. Essa investigação tratou, especificamente, da denúncia de uma mulher de 39 anos que contou ter sido abusada em 24 de outubro deste ano.

 

Com informações da Folhapress.

 

 

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