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Estudantes fazem viagem pela história do município

Uma saída de campo proporcionou para 20 alunos do quinto ano matutino da Escola Antônio Guglielmi Sobrinho do bairro Vila Nova em Içara uma aula diferenciada. O grupo conheceu os patrimônios históricos do município, acompanhados pela professora de artes, Julmara Goulart Sefstrom, pela diretora Nerilda Vandir Felisberto, pedagoga Rosimari, orientadora e historiadora Elza de Melo Fernandes, coordenadora do polo Arte na Escola da Unesc Silemar Maria de Medeiros e duas bolsistas da universidade.

A atividade faz parte do projeto intitulado “Não me interessa (apenas) o que é consagrado como cultura e sim, aquilo que me pertence”, que está sendo desenvolvido na escola desde fevereiro deste ano, e se estenderá até o final do ano letivo na disciplina de artes.  “A ideia é possibilitar percursos de reflexão e criação artística por meio das relações entre a subjetividade dos alunos, suas heranças, memórias e tradições, promovendo, a partir de seus contextos, um olhar para o patrimônio local e nacional. Muitos dos alunos sequer conheciam o centro da cidade e nunca haviam entrado na igreja matriz”, destacou Julmara.

O percurso teve início com a visita ao Paço Municipal, onde os alunos foram recebidos pela diretora de Gestão de Recursos Ana Paula Lima, que respondeu aos questionamentos das crianças como “o que o município tem feito para preservar seus patrimônios? ” “Por que em Içara há locais que são patrimônio e que não ficam abertos ao público? Também conheceram Praça do Imigrante, o Museu Ferroviário Casa do Agente Anselmo Cargnin, onde tiveram contato com objetos de memória da ferrovia içarense.  No centro de Içara, estiveram na igreja matriz São Donato e na Igreja da Misericórdia, antiga Casa da Cultura Padre Bernardo Junkes.

Ainda no roteiro estava o bairro Esperança, onde conheceram a Capela São Bom Jesus, que guarda em si a história dos primeiros colonizadores que chegaram no início do século XX e finalizou com a visita à comunidade de Urussanga Velha, marco do início da cidade de Içara, hoje pertencente ao Balneário Rincão.  As crianças visitaram e igreja e conheceram o monumento dos 500 anos do descobrimento, que faz alusão às etnias formadoras do município.

“Todos ficaram entusiasmados em conhecer de perto os patrimônios que já haviam estudado em sala de aula e tinham visto apenas por meio de fotografias”, comentou a professora.

Sobre o projeto

O projeto aprovado tem apoio institucional e financeiro da Fundação Volksvagen, Instituto Arte na Escola de São Paulo e polo Arte na Escola da Unesc, sendo um dos dez escolhidos entre os 40 polos do Instituto Arte na Escola distribuídos no Brasil. Ainda estão previstas várias ações até o final do ano letivo, tais como visitas à escola por artistas locais que abordam em suas produções as questões do patrimônio, exposição dos trabalhos artísticos dos alunos no Museu da Infância da Unesc, oficina de customização de “bolsas de memórias” com alunos e suas famílias e exposição de todos os trabalhos desenvolvidos na escola, com convite estendido à comunidade escolar, autoridades e imprensa local.

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