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Em momento histórico, Sindicato dos Químicos de Criciúma completa 35 anos de fundação

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Plásticas, Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e região completa 35 anos de fundação nesta terça-feira. A entidade representa mais de 11 mil trabalhadores, mais de 300 indústrias em 29 municípios do sul de Santa Catarina.

“É um momento difícil, histórico, mas é de situações assim que a classe trabalhadora tem superado desafios e se fortalecido e, sobretudo, reconhecido na organização e na mobilização proporcionadas pelos sindicatos seu principal instrumento de lutas e resistência”, entende o presidente do Sindicato, Carlos de Cordes, o Dé, embasado no sentimento dos trabalhadores após a reforma trabalhista, em vigor desde novembro.

“Os trabalhadores que estiveram acuados e amedrontados nos primeiros meses começam a entender a gravidade da situação, dos riscos a seus direitos e estão reconhecendo que o Sindicato é a única trincheira que resta para resistir e enfrentar tantos golpes seguidos à classe trabalhadora e à democracia brasileira proporcionados pelos interesses do grande capital, em especial o internacional”, acrescenta Dé.

Negociação coletiva em andamento

A negociação coletiva em andamento para os mais de oito mil trabalhadores das indústrias plásticas, segundo o dirigente sindical, é um exemplo desta realidade. “A tese dos patrões é que não existem mais direitos conquistados, que a reforma trabalhista é um marco inicial para tudo, querendo eliminar, até, um abono de férias que existe há mais de dez anos e jogar no lixo conquistas sociais e de gênero que construímos ao longo de anos, com muita luta”, afirma de Cordes.

A negociação coletiva com os patronais das indústrias plásticas tem rodada agendada para o próximo dia 12, mas, conforme o representante dos trabalhadores, os empresários eleitos para representar a classe patronal “terceirizaram” a negociação, se ausentando das mesas de debates e elegendo comissões de executivos e advogados, todos sem poder de decisão. Dé conclui afirmando que “este cenário já vimos no ano passado. E terminou em greve; esperamos que em 2018, quando o Sindicato completa 35 anos, o resultado da negociação seja diferente”.

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