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Dor do crescimento existe e atinge crianças entre três a seis anos

Você já ouviu falar em dor do crescimento? Essa é uma das queixas mais comuns em consultórios e clínicas de Ortopedia. Trata-se de uma dor que acomete crianças na faixa etária do início escolar (entre três aos seis anos de idade) podendo estender-se até por volta dos dez anos. Geralmente, ela ocorre no fim do dia e no período noturno, principalmente nos dias em que a criança praticou mais atividades físicas, e é mais comum na região da perna ou joelho.

A dor do crescimento é assim chamada porque está ligada ao crescimento da criança. A ortopedista pediátrica Nadiane Maciel Becker, da Clínica Levve Ortopedia, de Criciúma, explica que ela afeta mais as crianças sedentárias. Além disto, é comum os pais ou responsáveis notarem que a queixa da dor está associada ao chamado estirão do crescimento – quando a criança cresce muito em um espaço menor de tempo.

“Ainda não temos nada comprovado na literatura médica a respeito dessa dor, o que existem são hipóteses. Por exemplo: o osso cresce muito mais rápido do que os músculos, causando estiramento dos músculos, o que gera dor. Outra hipótese é porque as crianças fazem menos alongamentos antes das atividades físicas, então pode haver o encurtamento dos músculos”, destaca.

A especialista afirma, ainda, que questões emocionais e psicológicas relacionadas ao começo da vida escolar, mudança de hábitos ou até mesmo a chegada de um irmãozinho são mais uma hipótese do que pode causar a dor. “Não existe um padrão de duração, mas é uma fase que vai passar. Durante esse período indicamos alongamentos e massagem local para aliviar a dor ou, se necessário, uma medicação simples”, pontua Nadiane.

Outras patologias e doenças

A Ortopedia Pediátrica atende crianças e adolescentes que ainda estejam com o esqueleto em desenvolvimento, o que ocorre até por volta dos 15 anos. A especialidade trabalha a prevenção, tratamento ou o acompanhamento de patologias e doenças para auxiliar na melhora dos pacientes, além de traumas sofridos.

“Contusões, fraturas, quando a criança quebra algum osso deve ser acompanhada por um ortopedista pediátrico. Também os casos de crianças com alterações congênitas, como pé torto, displasia de quadril, ou com alguma alteração neuromuscular, como paralisia cerebral, mielomeningocele”, ressalta Nadiane.

Ela esclarece que, no caso das fraturas, o que ocorre é o tratamento do problema e a estabilização do paciente. Já nos casos de paralisia ou mielomeningocele não é possível curar, mas é feito um acompanhamento para proporcionar melhores condições de vida aos pacientes. “E o trabalho de prevenção e orientação também é importante. Muitas consultas no ambulatório são dúvidas dos pais, são questões que fazem parte do desenvolvimento da criança”, finaliza a ortopedista.

 

 

 

 

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