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CVV: conheça um grupo que pode ajudar você

Aprender a seguir em frente após conviver com a morte de alguém que desejou e, mais que isso, optou por esse caminho de forma ativa, pode ser um processo emocional muito difícil e doloroso. Dados do Centro de Valorização da Vida (CVV) dão conta que para cada suicídio, de cinco a dez pessoas, entre familiares e amigos, são afetadas de forma social, emocional e econômica. São os chamados sobreviventes, pessoas impactadas pelo suicídio.

Criado em novembro de 2017 em Criciúma, o Grupo de Apoio aos Sobreviventes de Suicídio (Gass), propõe a troca de experiências e de apoio emocional destinado a essas pessoas. O foco são os familiares e amigos daqueles que tentaram ou tiraram a própria vida, para que possam conversar sobre suas vivências.

“Muitas vezes, as pessoas tendem a se sentir culpadas, traumatizadas e acabam carregando consigo o peso dessa vida perdida. A ideia é compartilhar seus sentimentos e ouvir o relato de outras pessoas que passam por esse momento difícil. Precisamos quebrar e desmistificar esse tabu que existe em relação ao suicídio”, explica o voluntário do Centro de Valorização da Vida (CVV), Claudio Paes de Medeiros. “Quanto mais se fala, menos vai acontecer”, considera.

Os encontros são realizados toda última quarta-feira do mês, em grupos sigilosos e gratuitos, na sede do CVV. Para quem se interessou o CVV funciona na Rua Coronel Pedro Benedet, 46- sala 321- Edifício Martinho Acácio Gomes. Pelo 188 pode se fazer ligação gratuita de orelhão, celular e telefone fixo.

Os voluntários são treinados para conversar com todas as pessoas que procuram ajuda e apoio emocional, sendo que dados em nível nacional dão conta que em 2016, foi um milhão de atendimentos; em 2017, dois milhões. Em Criciúma, somente no último mês, foram dois mil atendimentos de prestação de apoio.

Para quem ainda não sabe

O CVV é uma organização não governamental, que atua há mais de 55 anos, gratuitamente na prevenção do suicídio no Brasil. Em Criciúma e região são 14 anos de trabalho, tendo o sigilo e o anonimato como sua principal característica. O atendimento é realizado por 37 voluntários

O objetivo principal é a prevenção do suicídio por meio de ajuda (apoio) emocional, por meio do programa “Como vai você?”, onde por telefone ou presencialmente, o voluntário ouve e conversa com as pessoas sem aconselhar, questionar, julgar, interferir, respeitando, aceitando e compreendendo quem procura.

Mantido pela Associação Mantenedora de Apoio à Vida (Amavi), que recebe doações dos voluntários e colaboradores em sua conta bancária no Banco do Brasil, agência 3226-3, número 8256-2.

(Fonte: CVV)

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