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Congresso Regional da Pastoral Familiar reúne mais de 400 agentes em Nova Veneza

A hospitaleira e italiana Nova Veneza, cidade com mais de 14 mil habitantes no Sul do Estado de Santa Catarina, foi o ponto de encontro, neste fim de semana, do IX Congresso Regional da Pastoral Familiar. Desde a noite de sexta-feira, 28, até o início da tarde deste domingo, 30, os representantes das dez dioceses do Regional Sul 4 da CNBB, que engloba todo o Estado de Santa Catarina, estiveram reunidos no Palácio das Águas, onde refletiram o tema “O Evangelho da Família, alegria para o mundo”.

Com carinho e esmero, tanto da parte da Pastoral Familiar da Diocese de Criciúma, quanto da Prefeitura Municipal, o teatro neoveneziano foi transformado em uma sala de estar para acolher os casais, crianças, bispos, padres, diáconos, seminaristas, religiosas e demais leigos participantes do encontro. Diversos momentos celebrativos permearam o congresso, com forte espiritualidade. Ao todo, foram mais de 400 congressistas, muitos acolhidos nas casas das famílias do município.

A atividade estadual contou com 15 palestras, com assessores, em sua maioria, membros da Comissão Nacional da Pastoral Familiar, como o secretário executivo, Padre Jorge Alves Filho, também assessor nacional da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB.

“Nós falamos sobre o Evangelho da Família, alegria para o mundo. O que nos motiva, a partir da Exortação Apostólica Amoris Laetitia (Alegria do Amor), a sermos verdadeiros anunciadores desta alegria, mas, sobretudo, vivendo, na família, a beleza do ser família. O Papa Francisco, nessa exortação, nos convida a sermos família, vivendo a nossa experiência, também nas nossas dificuldades, nas nossas limitações; vencendo tudo aquilo que, infelizmente, quer tirar de nós a experiência bonita do ser família. Para isso, é preciso que agentes de pastoral, sacerdotes, bispos, diáconos, tenhamos a consciência de que é possível anunciar com alegria este evangelho, mas também criando uma cultura da família, resgatando esta cultura da família, para que as famílias possam experienciar, cada vez mais, na sua vida, aquilo que é o Evangelho, aquilo que é a união com Deus e fazer com que esse Deus seja conhecido. O mundo precisa do exemplo das famílias. Nós, como família, precisamos estar preparados a dar, ao mundo, este nosso exemplo”, ressaltou padre Jorge, que também representou o presidente da CEPVF, Dom João Bosco, Bispo de Osasco (SP).

Outros temas em torno da família foram refletidos durante o encontro, como: Pilares da Relação Matrimonial, A Pastoral Familiar e seus desafios, Setor Pré-Matrimonial, Afetividade e Sexualidade, Namoro Cristão, Setor Pós-Matrimonial, Recém-Casados, Educação dos Filhos, Setor Casos Especiais, Pessoa Idosa na Família, na Sociedade e na Igreja, Sacralidade da Vida Humana I – Suicídio, Sacralidade da Vida Humana II – Aborto, Ideologia de Gênero, Instituto Nacional da Família e da Pastoral Familiar.

Além dos períodos marcantes de reflexão em torno dos documentos e do magistério da Igreja Católica, houve também momentos de lazer e confraternização, com apresentações de grupos folclóricos da cidade, que junto ao Prefeito Rogério Frigo e sua esposa Sidnei, fizeram, junto aos agentes da Pastoral Familiar da Diocese de Criciúma e das paróquias locais, a recepção aos congressistas.

A luta dos católicos em defesa da vida e da família foi reforçada durante o fim de semana, com o aprofundamento em torno do tema do congresso, que contou com as presenças do Bispo de Criciúma, Dom Jacinto Inacio Flach; do Arcebispo de Florianópolis e Referencial da Pastoral Familiar no Regional Sul 4 da CNBB, Dom Wilson Tadeu Jönck, e do Bispo de Tubarão e Presidente do Regional Sul 4 da CNBB, Dom João Francisco Salm.

Ao final da manhã deste domingo, o bispo referencial, Dom Wilson, proferiu a mensagem de encerramento do encontro e anunciou a Diocese de Rio do Sul como a próxima a acolher a décima edição do congresso, que será realizada em 2020. Em sua fala, Dom Wilson conduziu o grupo a uma reflexão sobre a perseverança e a humildade no trabalho pastoral, recordando as atitudes de Lucifer, Eva e de Jesus Cristo, este último, que esvaziou-se a si mesmo e salvou a humanidade inteira.

“Esse esvaziar-se, que é atitude de humildade, de simplicidade, é que nos humaniza e cria o clima bonito dentro de casa, aquele clima de família que todos nós desejamos, quando todo mundo se dispõe, todo mundo tem um coração simples, todo mundo acata o parecer do outro. Quando se consegue isso, se consegue uma coisa muito preciosa e nós somos chamados a, de alguma forma, viver isso nas nossas famílias: ter esse coração simples e aprender o que Deus quer nos falar. E a partir disso, propor, também, aquilo que nós queremos fazer. Todo esse conteúdo rico e bonito que vemos desde o primeiro dia até hoje e foi bastante contundente, vocês veem que é, exatamente, um querer fazer do jeito que se bem entende. Nós somos criaturas de Deus e devemos ver o que Deus quer de nós. Ter essa atitude de acolhida para o que Deus quer fazer em seu caminho. Queremos construir uma bela família? Vamos ver o que Deus quer de vocês, por que Deus escolheu vocês dois para viverem juntos e formar uma família. Este é o caminho”, disse Dom Wilson, de modo especial aos casais agentes da Pastoral Familiar.

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